O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, participou de dois eventos que contribuem para a neoindustrialização do país: de um lado, investimentos em melhorias no maior corredor logístico do país: as vias Dutra e Rio-Santos; de outro, financiamento para a exportação de 32 jatos da Embraer à American Airlines.
"Essas coisas se combinam. A Dutra é a aorta do Brasil e é a grande ligação de São Paulo e Rio. É a região mais industrializada do mundo, mais que o Vale do Ruhr, na Alemanha. Quando a gente sai de Guarulhos, é uma fábrica do lado da outra, margem esquerda e margem direita. É avião, é carro, é metal, siderurgia, alumínio, petroquímica. É impressionante", afirmou Alckmin durante anúncio da liberação de crédito do BNDES no valor de R$ 10,5 bilhões para obras e intervenções nas duas rodovias.
O vice-presidente comemorou números anunciados pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, segundo a qual, de janeiro a maio deste ano, a indústria brasileira cresceu 2,5%, tendo como destaque os bens de capital, com aumento de 4,1% no período. "O Brasil ganhou, com o presidente Lula, 15 posições na indústria de manufatura no ranking mundial", ressaltou.
Via Dutra e Rio-Santos - O BNDES vai liberar crédito de R$ 10,75 bilhões para a Concessionária do Sistema Rio-São Paulo SA (CCR), nova operadora da Via Dutra e da Rio-Santos para obras e intervenções nas duas rodovias.
Serão R$ 15,5 bilhões em investimentos totais que incluem novas pistas da Serra das Araras e duplicações na BR-101 (RJ). O projeto tem potencial de gerar 40 mil empregos durante a implantação e de mais de três mil postos após a conclusão.
O total em investimentos é o maior valor entre todas as concessões rodoviárias federais. A estrutura inclui a maior emissão de debêntures incentivadas da história e do banco, no valor de R$ 9,41 bilhões, que conta com R$ 500 milhões em debêntures verdes, associadas a um crédito direto de R$ 1,34 bilhão.
Os investimentos preveem a expansão de 40% na capacidade das rodovias, com a criação de 780 km de novas faixas. O projeto conecta 34 municípios, incluindo as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, os dois maiores polos econômicos do país, com 60 milhões de pessoas, que respondem por 41% do PIB do Brasil.
Jatos da Embraer - O BNDES anunciou também o financiamento à exportação de 32 jatos comerciais E175 da Embraer para a American Airlines. O contrato, no valor de R$ 4,5 bilhões, é feito por meio do BNDES Exim Pós-embarque, linha de crédito direto do banco para comercialização de bens nacionais destinados à exportação.
"O financiamento vai contribuir para acelerar a produção e exportação das nossas aeronaves à American Airlines e impulsiona o processo de neoindustrialização do Brasil, aumentando a inovação e a competitividade do país", afirmou Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer.
Além de exportações, o BNDES apoia a Embraer no plano de investimentos em inovação. Em fevereiro, o banco aprovou financiamento de R$ 500 milhões, por meio do BNDES Mais Inovação, para a empresa desenvolver novos produtos, processos e tecnologias digitais.
"O BNDES é o maior parceiro da Embraer e já apoiou a exportação de mais de 1.300 aeronaves desde 1997. São financiamentos que ultrapassam US$ 25 bilhões ao longo dos anos. A manutenção desse apoio contribui para que a empresa brasileira continue sendo uma das três maiores do mundo em produção de aviões, gerando empregos qualificados e renda no Brasil", disse o presidente do Banco, Aloizio Mercadante.