O superávit da balança comercial do Brasil com os países árabes foi recorde em 2024 ao atingir US$ 13,5 bilhões, alta de 55,4% sobre 2023. De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) compilados pelo Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, no ano passado foram exportados aos árabes US$ 23,68 bilhões, em alta de 22,41% sobre 2023. As importações caíram 4,4%, para US$ 10,18 bilhões. A corrente comercial também foi recorde: atingiu US$ 33,87 bilhões, com expansão de 12,9% sobre 2023.
No sentido contrário, o principal fornecedor árabe ao Brasil foi a Arábia Saudita, que vendeu ao País US$ 3,05 bilhões, uma redução de 13,3% em comparação com 2023. O segundo principal fornecedor foi a Argélia, com vendas de US$ 1,39 bilhão, uma redução de 23,4%, e o terceiro maior fornecedor foi o Marrocos, em vendas ao Brasil que somaram US$ 1,38 bilhão, em retração de 1,72%. Egito, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar, Kuwait, Bahrein e Jordânia foram os outros dez maiores fornecedores árabes ao Brasil.
Importações do Brasil
Em relação às importações, diz o secretário-geral da instituição, ainda são concentradas em compras de petróleo e fertilizantes. "A queda do [preço do] petróleo afetou diretamente as importações. Na área de fertilizantes, apesar de existir uma política industrial para incentivar a produção doméstica, ainda há espaço para que as exportações dos árabes para o Brasil atinjam e ultrapassem o patamar recorde de 2022. A Câmara de Comércio Árabe Brasileira está muito empenhada em trabalhar esses produtos com os fabricantes árabes. Para este ano estão sendo estudadas iniciativas para que essas importações superem o desempenho de 2022", afirma.
No total, em 2024, o Brasil importou US$ 262,48 bilhões, em alta de 9%.
O superávit do País no comércio com o mundo foi de US$ 74,55 bilhões (redução 24,6%) e a corrente comercial, de US$ 599,52 bilhões, uma expansão de 3,3% sobre 2023.
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