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Alckmin: "Difícil pensar uma área em que não haja parceria entre Brasil e China"

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Segurança alimentar, infraestrutura, transição energética e mudanças climáticas num contexto de complementaridade econômica e comercial com a China. Esses foram alguns dos grandes temas apontados pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, como oportunidades para o Brasil se destacar ainda mais no cenário internacional e enriquecer a parceria com o país asiático.

Alckmin participou em 17 de abril, da Conferência Internacional "50 anos da relação Brasil-China: cooperação para um mundo sustentável". O evento é realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o Institute of Latin American Studies da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), principal organização acadêmica e centro de pesquisa especializado em filosofia e ciências sociais da China.

O vice-presidente saudou os 50 anos de parceria entre os dois países e lembrou que se completaram também 20 anos desde a criação da Cosban ( Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação) - criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004 - hoje principal mecanismo de diálogo regular entre Brasil e China.

"A China é o maior parceiro comercial do Brasil. A complementaridade econômica e comercial entre os dois países é impressionante", afirmou Alckmin. "É um importante investidor no Brasil e as oportunidades são muitas: nas áreas do Novo PAC, infraestrutura, energia renovável, automotiva, carros híbridos, veículos elétricos, complexo da saúde, indústria aeronáutica. É difícil uma área que não haja uma parceria entre Brasil e China, uma amizade que só se consolida e que avança", pontuou.

Para o presidente em exercício, o contexto econômico nacional é favorável para incrementar essa balança. "O Brasil vive um bom momento. O Risco Brasil, que era de 258 pontos, caiu para 130. A inflação caiu, o desemprego caiu, os juros continuam em queda, subiu o PIB, avançou a economia, cresceram as exportações e a China tem papel extremamente relevante nisso", destacou.

Alckmin também destacou investimentos recentes anunciados por empresas da China no Brasil. "O fluxo de comércio é superior a US$ 150 bilhões e crescente. Com o Programa Mover, na indústria automotiva, já são US$ 125 bilhões de investimento estrangeiros anunciados em nosso país, com dois grandes representantes da indústria chinesa: a BYD e a GWM", frisou.

ESTRATÉGICO - O embaixador da República Popular da China no Brasil, Zhu Qingqiao, afirmou que o evento não apenas captura as tendências atuais do desenvolvimento global, como também ressalta o significado estratégico entre a cooperação sino-brasileira. "Esses 50 anos têm sido marcados pela interação de alto nível, cada vez mais intensa, aprofundamento contínuo, confiança estratégica e resultados profícuos em todas as áreas", disse. "No ano passado, o presidente Lula fez uma visita bem -sucedida à China, e junto com o presidente Xi Jinping, deram orientações para abrir um novo futuro para as relações sino-brasileiras na nova era, injetando o ímpeto vigoroso para expandir e aprofundar nossa cooperação em todos os setores", acrescentou.

Também celebrou o retorno e aprofundamento das relações bilaterais entre dois países a diretora-geral do Instituto de Economia Industrial da CASS, Dan SHI, que ressaltou que o diálogo vem se tornando mais frequente e forte. "A parceria Brasil-China está em uma nova quadra, com novas oportunidades em um momento de grande crescimento da China. O Brasil tem projetos de neoindustrialização, Programas de Aceleração do Crescimento e essa parceria permite sinergia entre programas brasileiros e chineses".

RETOMADA - Secretário da Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Eduardo Paes Saboia abordou o fortalecimento do relacionamento sino-brasileiro. "Ao longo dos últimos 50 anos, nossos governos têm trabalhado para ampliar convergências, tendo como fundamento os interesses e visões de mundo comuns. O relacionamento bilateral possui caráter pragmático e construtivo, baseado no respeito mútuo e uma ampla agenda de cooperação, com o objetivo de alcançar resultados concretos em benefícios de nossas sociedades e de toda a humanidade".

O presidente do conselho curador do Cebri, José Pio Borges, classificou o momento como um encontro de ativa importância para ambas as nações. "Nos reunimos para comemorar uma parceria frutífera e explorar o potencial de colaboração entre os nossos países, em prol de um futuro sustentável e de inovação", afirmou, ressaltando a importância de o Brasil pautar temas de interesse das duas nações durante a Presidência brasileira do G20.

COSBAN - A Cosban, copresidida pelos vice-presidentes de ambos os países, terá sua VII Sessão Plenária nos próximos dias 5 e 6 de junho, em Pequim. Em 2023, o presidente Lula visitou a China, fortalecendo as relações diplomáticas entre os países. Em novembro, é esperada a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil. A Cosban congrega 11 subcomissões: Política; Econômico-Comercial e de Cooperação; Econômico-Financeira; Indústria, Tecnologia da Informação e Comunicação; Agricultura; Temas Sanitários e Fitossanitários; Energia e Mineração; Ciência, Tecnologia e Inovação; Espacial; e de Cultura e Turismo; e Meio Ambiente.

GOVERNANÇA GLOBAL - A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, participou do Painel 4 com o tema "Reforma da governança global em análise", uma das três prioridades postas pelo governo brasileiro durante o período de presidência temporária do G20.

Ela destacou a reforma e o fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC) como uma das pautas de interesse compartilhado entre Brasil e China.

"O Brasil e China compartilham uma visão de que convém uma OMC forte, convém um sistema baseado em regras. Regras acordadas por todos, porque a alternativa ao sistema baseado em regras é um sistema em que prevalece a força. Efetivamente, não convém para uma potência média, como o Brasil, mas também não convém pra China", avaliou Tatiana.

Para a secretária da Secex, a presidência brasileira do G20 é uma oportunidade do país definir os assuntos estratégicos e exercer influência no debate global. "Nós estamos convencidos de que o G20 oferece uma plataforma única para que o Brasil discuta temas, como comércio e desenvolvimento sustentável, de uma maneira construtiva e produtiva a influenciar o debate internacional" concluiu.

Fonte:Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC

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